O QUE É O COMÉRCIO JUSTO?
O Comércio Justo é uma forma de comércio alternativa ao comércio convencional, que promove, pois promove a justiça social e económica, o desenvolvimento sustentável, e o respeito pelas pessoas e pelo meio ambiente, através de relações comerciais que privilegiam critérios sociais, como a melhoria das condições de vida dos pequenos produtores, em detrimento de critérios económicos, como a acumulação de lucro. O Comércio Justo atua na área da educação e sensibilização para um consumo responsável.
É uma forma de comércio que procura assegurar a equidade nas trocas comerciais, assegurando ao consumidor que quando este adquire um produto de Comércio Justo, os produtores receberam um pagamento mais elevado pelo seu trabalho do que aconteceria no circuito comercial convencional.
O Comércio Justo assume-se como uma alternativa comercial em que a produção e o comércio se encontram ao serviço das pessoas. Procura provar que os lucros, os direitos dos trabalhadores e o respeito pelo meio ambiente não são objetivos incompatíveis. O Comércio Justo luta contra a pobreza e exploração dos pequenos produtores, ao pagar mais ao produtor, de modo a que este possa manter melhores condições de vida (educação, saúde, habitação), luta pelos direitos humanos ao combater o trabalho infantil, a desigualdade entre géneros, a marginalização dos povos indígenas e luta pela proteção do ambiente ao promover a agricultura biológica, local e sustentável.
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Definições oficiais
«O Comércio Justo é uma parceria comercial baseada no diálogo, transparência e respeito. Contribui para o desenvolvimento sustentável oferecendo melhores condições de comércio tendo em conta os direitos dos produtores e trabalhadores marginalizados, especialmente no Sul do mundo.» Definição da FINE – Fair Trade Initiative for Europe, plataforma informal onde estão representadas FLO, IFAT, NEWS e EFTA
“O Comércio Justo é uma parceria comercial baseada no diálogo, na transparência e no respeito, que procura uma maior justiça no comércio internacional. Contribui para o desenvolvimento sustentável ao oferecer melhores condições comerciais e ao garantir os direitos dos produtores e dos trabalhadores marginalizados — especialmente dos países do Sul”.
(WFTO – Organização Mundial de Comércio Justo)
Para um aprofundamento do que representa o comércio justo, recomendamos a leitura do texto disponível no seguinte link: O que é Comércio Justo?
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Atores principais do Comércio Justo
Produtores
Os produtores dos produtos do Comércio Justo (alimentares, têxteis e artesanato) encontram-se dispersos por mais de 800 cooperativas localizadas em cerca de 50 países do Sul do Mundo. Estas cooperativas representam cerca de 1 milhão de trabalhadores e estima-se que 5 milhões de pessoas beneficiem de relações comerciais mais justas promovidas por este movimento.
Importadoras
Existem atualmente cerca de 100 organizações importadoras de produtos de comércio justo. Estas organizações revestem-se, com frequência, na forma de Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) e estão espalhadas pela maioria dos países da UE, Japão, Canadá, EUA e Austrália;
Lojas do Comércio Justo e Solidário
Para conhecer a realidade a nível mundial, recomendamos uma análise do site da World Fair Trade Organisation (WFTO) que se apresenta como uma autoridade global para o Comércio Justo, a única formada por uma rede global de membros que representam a totalidade da cadeia de Comércio Justo, desde a produção até à comercialização. Tem a visão de um mundo no qual as estruturas e práticas comerciais sejam transformadas e trabalham em favor dos mais pobres, promovendo o desenvolvimento sustentável e a justiça. A sua missão é a apoiar produtores na melhoria das suas condições de vida (e das suas comunidades) através do Comércio Justo.
Atendendo à realidade portuguesa, existem as seguintes lojas: Amarante, duas no Porto, Lisboa, Almada, Faro (Quiosque) e Aveiro. Em Guimarães e Amarante também existe um restaurante/bar que vende produtos e comércio justo, e que os usa na confeção de refeições.
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Plataformas internacionais
Além da WFTO já referida, existem plataformas internacionais de certificação – a Fair Labelling Organization (FLO) para os produtos e a International Fair Trade Association (IFAT) para as organizações – e plataformas internacionais de representação – o Network of European World Shops (NEWS) que reúne as Lojas europeias de Comércio Justo e a European Fair Trade Association (EFTA) que reúne os principais importadores europeus de Comércio Justo.
Fonte: http://www.equacao.org/
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Principais organizações de Comércio Justo a nível Mundial
World Fair Trade Organization (WFTO)
European Fair Trade Association (EFTA)
Fair Labelling Organization (FLO)
Altromercato – Commercio Equosolidale
Ideas – Comercio Justo
Fairtrade Towns – Fairtrade Town movement
http://www.fairtradetowns.org/
Fairtrade Foundation
Alter Eco, Bio & Equitable
Artisans du Monde
http://www.artisansdumonde.org/
Minga, Agir ensemble pour une économie équitable
Commerce Equitable
Fair Trade Max Havelaar France
Coopérative Andines
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Em suma, o comércio Justo:
+ Promove a justiça social e a dignidade
+ Contribui para um desenvolvimento sustentável da vida e do ambiente
+ Preserva os direitos dos homens, das mulheres e das crianças
+ Garante condições de trabalho e de vida seguras e dignas
+ Oferece oportunidades de formação e informação para o crescimento social e económico
+ Concede crédito social e pré-financiamento aos produtores
+ Pratica a transparência nas informações e no preço
+ Respeita a continuidade das relações comerciais
O Comércio Justo é uma parceria comercial baseada no diálogo, na transparência e no respeito que procura uma maior justiça no comércio internacional. Contribui para o desenvolvimento sustentável ao oferecer melhores condições comerciais e ao garantir os direitos dos produtores e dos trabalhadores marginalizados – especialmente dos países do Sul.
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Os Pilares do Comércio Justo
Os fundamentos que criaram o movimento do Comércio Justo estão hoje mais vivos que nunca. O slogan «Comércio e não ajuda» que os países mais pobres lançaram nos anos 60 continua, infelizmente, actual. O Comércio Justo assenta em 4 pilares fundamentais:
+ No pagamento de um preço justo ao produtor (colocando as pessoas à frente do lucro)
+ No pré-financiamento e na capacitação/apoio dos produtores
+ Nas relações comerciais de longa duração
+ Na sustentabilidade ambiental
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